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Dica de Leitura Indispensável
domingo, 5 de julho de 2020
Vídeo Aula - TDAH para psicopedagogos
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quinta-feira, 4 de junho de 2020
Quem é o Psicopedagogo? Qual seu Trabalho?
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segunda-feira, 1 de junho de 2020
Prova Operatória (Como aplicar) -Piaget
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domingo, 31 de maio de 2020
Autismo e Psicopedagogia: Como o psicopedagogo deve atuar frente ao aprendente com autismo
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quarta-feira, 22 de maio de 2019
Psicopedagogia: 7 Dicas para montar sua Clínica
Hoje vamos trazer sete dicas de como montar sua clínica de forma fácil e rápida. Seja bem vindo(a) ao site nosso blog de materias psicopedagógicos. Eu sou Jossandra Barbosa e tenho prazer em receber sua visita.
Montar seu próprio negócio pode ser um desafio empolgante. Um grande sucesso. Ou uma grande dor de Cabeça. Por isso fica aqui 7 dicas que podem fazer toda a diferença. Vamos lá!!!
⏩Dica 1
Escolha o tipo de Clínica que você quer abrir:
- um espaço de atendimento só psicopedagógico
- um espaço multidisciplinar com atendimento psicopedagógico mas com vários outros profissionais;
- uma sala de consultório sublocado em uma clínica já existente
⏩Dica 2
Planeje quanto vai investir
Investimento depende de suas condições financeira. Se você nunca foi empreendedor, nem montou nenhum negócio planeje primeiro para não ter aborrecimentos depois.
Para que você tenha ideia real de quanto eu estou falando veja as seguintes simulações ( lembrando que estes valores são baseados em minha experiência, podem sofre alterações de região para região).
§ 2500,00 - você monta um kit de atendimento a domicilio.
§ 5000,00 a 10.000 você consegue sublocar uma sala de atendimento e comprar todos os materiais necessários para começar.
§20.000 você consegue abrir um espaço de atendimento de pequeno porte, contando com compra de materiais, pequenas reformas.
§ até 50.000,00 você consegue abrir um espaço de atendimento de médio porte. Realizar reformas, investir um divulgação e compra materiais.
§ Acima de de 100.000,00 você consegue abrir uma clinica completa para atendimento multidisciplinar.
⏩Dica 03
Pesquise Modelos
Já ouviu falar que tudo se copia. Mas isto não é ruim. Na verdade indicamos que você primeiro conheça outras clínicas, espaços, consultórios e profissionais para ter ideais de como vai criar o seu negócio.
Para isto use as redes sociais, visite outros profissionais, converse através de chats e grupos.
⏩Dica 04
Faça uma lista dos materiais mais urgentes a serem usados nas sessões.
Um dos grandes perigos para investir em uma clínica psicopedagógica é fugir do orçamento estabelecido. Para que isso não aconteça você precisa ter foco do que realmente vai usar nos primeiros 4 meses. Caso contrario você terá excesso de material que não será utilizado nos primeiros meses e terá urgência de material que você terminará comprando com cartão de crédito, fazendo dívidas ou até comprando bem mais caro ou ainda produtos errôneos.
⏩Dica 05
Pense bem antes de definir o local
O local é muito importante. Talvez ele possa ser a Cereja do bolo. Ou seja , aquilo que o cliente vai levar em consideração na hora de escolher o seu serviço.
Mas ele também pode ser sua maior dor de cabeça. Alugueis, segurança. acessibilidade, vários são os itens que precisam ser estudados antes de fechar o contrato.
⏩Dica 06
Pare , pense e responda as seguintes perguntas:
- realmente quero investir ?
- agora é o momento certo?
- terei como manter funcionando?
- quais serviços quero oferecer?
- como vou divulgar o meu trabalho?
- minha cidade tem cliente em potencial?
- meu orçamento se encaixa no meu planejamento?
Sugiro ouvir o seguinte podcast https://www.youtube.com/watch?v=tWm7ADMfndk
⏩Dica 07
Tenha certeza do que você quer
Dúvida traz incertezas, conflitos, desânimo e prejuízos. Por isso é tão importante ter certeza. Não pode ser apenas um ideia legal, você tem que realmente sonhar, desejar , quer muito ter a sua clínica/espaço/consultório ou simplesmente atender como psicopedagogo. Pois ser um empresário e psicopedagogo exigirá de você vários conhecimentos não somente de psicopedagogia mas de gestão também.
Espero ter te levado a algumas reflexões e que através destas dicas você tenha se sentindo instigado a ser um empreendedor na psicopedagogia. para lhe ajudar a ter mais conhecimento sobre este assunto te apresento a segunda edição do meu livro "Empreendedorismo na psicopedagogia: como montar e gerenciar sua clínica psicopedagógica". Este livro é dividido em partes gerenciamento, marketing, a parte jurídica, os materiais nele você encontrar os detalhes de como montar seu negócio desde uma pequena sala a uma grande clínica. Com exemplos, relatos, fotos e muitas dicas.
68,500
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Dicas para turbinar sua carreira,
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Teresina - PI, Brasil
Intervenções Psicopedagógicas: a relação terapeuta e aprendente
Vamos
dar continuidade a nossa discussão sobre as intervenções
psicopedagógica. Hoje vamos abordar a relação terapeuta e sujeito/
aprendente em atendimento. Vamos dar preferência pela expressão
aprendente no lugar de paciente/sujeito/aluno ou qualquer outra
denominação.
Jossandra Barbosa
Psicopedagoga e Neuropsicopedagoga
|
.
Chamaremos de intervenção psicopedagógica o processo posterior ao diagnóstico psicopedagógico ( seja Dipp situacional, TA ou MA)*[1] com o objetivo de INTERVIR (ajudar, habilitar, reabitar, capacitar) o aprendente de forma terapêutica em um espaço terapêutico.
Clinica Sinapses em Teresina |
Estamos aqui considerando psicopedagogia, como campo amplo, sem divisões entre clínica ou institucional e abordaremos como espaço terapêutico todo e qualquer espaço de atendimento.
Chamaremos de sessões de intervenção, reuniões
e encontros de forma individual ou coletiva com aprendentes num
determinado espaço terapêutico, num determinado tempo estimado.
É
durante as sessões de intervenção que o psicopedagogo torna-se mais
íntimo sujeito em atendimento/tratamento. E é exatamente esta
proximidade que torna perigoso o trabalho do terapeuta/psicopedagogo. A
partir de agora chamaremos o psicopedagogo somente pela expressão
terapeuta , pois é assim que o sindicato dos psicopedagogos orienta que
ele seja chamado – TERAPEUTA DA APRENDIZAGEM.
O
Terapeuta em atendimento precisa ter cuidado com pequenos detalhes
como, por exemplo, chamar o aprendente por apelidos, utilizar o
diminutivo para explicar sobre algo contato afetivo, abraços, beijos e
outros carinhos como também expressões de raiva ou aborrecimento.
O
contato verbal e físico com o aprendente em atendimento deve ser
limitado por regras, estas colocadas ainda no enquadramento das sessões.
Enquadramento
é o momento inicial de qualquer sessão terapêutica, onde o terapeuta
estabelece um contrato oral de regras com seu/seus aprendente/s assim
como quaisquer tipos de bonificações.
Importante
ressalta que para o bom andamento de uma sessão terapêutica, o
aprendente precisa estar consciente de tem de tudo aquilo que está
acontecendo ao seu redor. Assim, o terapeuta precisa explicar o que ele
irá fazer em suas sessões. Sem
mentiras. Principalmente quando estamos falando de crianças, pois o
terapeuta pode ser levado a mentir para seu aprendente dizendo que ele
irá só “brincar”, por exemplo. Tal atitude do terapeuta trará
resistência quando for o momento desta criança usar um caderno, ou um
teste escrito ou até mesmo a EOCA[2] por exemplo.
Em
outras palavras o aprendente precisa querer o processo de intervenção e
não se assediado, comprado ou conquistado através de trocas e presentes
a fazer as atividades propostas durante a sessão.
Você
pode pensar ou estar dizendo: mas tem crianças que são resistentes as
atividades do atendimento, ou são mais agitadas e pode ser preciso
negociar com elas para que elas façam as atividades. Sim, isto pode
acontecer. Só que não pode virar regra do seu atendimento. O seu
relacionamento com seu aprendente deve ser de confiança e com regras bem
claras desde primeira sessão.
“Nesta
sessão iremos pintar, depois iremos jogar o jogo A e B , sendo assim
você só jogará o jogo A se tiver terminado a primeira atividade”
O terapeuta é que conduz a sessão e não o aprendente. Nunca esqueça disso.
Vamos falar sobre o contato com os pais. Pois é algo que o terapeuta deve ter muito cuidado.
Dentro
da sessão o contato com os pais deve ser desenvolvido com cautela e
precauções. Deve-se evitar dar o telefone ou e-mail pessoal aos pais,
assim como cumprimento com beijos e abraços, limite-se a um aperto de
mão forte que transmita confiança e credibilidade, evite conversas
paralelas em ambientes que não seja o espaço de atendimento, não permita
os pais dentro da sessão (a não ser que esteja planejada a presença
deles), não permita que os pais entrem sem ser anunciados, não permita
levar lanche para os filhos, bater na porta enquanto o atendimento está
sendo realizado não faltar, ou até mesmo chegar com antecedência e
querer conversar fora do espaço de atendimento.
Vou aqui contar-lhe um caso que me aconteceu:
Em
um atendimento, descobri que uma mãe ficava escondida atrás da porta do
consultório tentando ouvir o que eu falava com o filho dela. Foi uma
cena constrangedora quando abri a porta para pegar algo em outra sala e
me deparei com a porta entreaberta e com a mãe segurando no trinco. Ali
terminei a sessão naquele exato momento e me pus a conversar com aquela
mãe. Pois sem confiança não há processo de intervenção. Ela me
argumentou o medo de abuso sexual e traumas de infância. Percebi que eu
não havia feito um enquadramento adequado àquela mãe e então passei a
refazer todo o processo de enquadramento. Resultando em sessões
seguintes tranquilas e com a mãe na sala de espera.
Outras
situações podem ser colocadas aqui, da minha experiência profissional,
nos atendimentos e a relação com os pais. Por exemplo, pais que chegam
dizendo o que querem que você faça. Outros são pessimistas e vão dizendo
que nada dá certo e tem até aqueles que se acham mais competentes do
que você e já colocam a sua capacidade em jogo. Em todos estes casos é o
ENQUADRAMENTO[3] que definirá o rumo destas sessões.
Gosto
de dizer que a intervenção psicopedagógica é o Real objetivo do
trabalho do psicopedagogo. Ela que ele vai mostrar a sociedade o resultado do seu trabalho. É nela que o cliente vai perceber se seus objetivos foram ou não atingidos e daí buscar novos resultados que possam resolver o quadro de dificuldades que alguém possa estar enfrentando.
Há
aproximadamente um mês uma família chegou ao meu consultório e colocou
que estava mudando de terapeuta porque não virão nenhum resultado. Logo
então fiz duas perguntas a esta família: quanto tempo foram de sessões e
quais eram seus objetivos. Então me responderam que foram um mês e que o
objetivo que desejavam é que queriam que a filha, de cinco anos e com
autismo leve , fosse alfabetizada. Aqui nos leva de volta a importância
do enquadramento. Onde parte do terapeuta mostrar aos pais o que é a
intervenção, como ela funciona e o tempo que ela poderá levar. Por isso
que eu defendo o PIPp [4](
são projetos de intervenção com tempo , objetivos e metodologia
aplicada de acordo com a situação / local / aprendente) . Assim o
cliente fica ciente do que ele deve esperar como resultado.
Voltamos então para a temática central desta postagem: a relação sujeito e terapeuta. Vamos nos reportar a transferência e a contratransferência psicanalítica.
Durante
as sessões o profissional precisa ficar vigilante como delinear sua
relação com o aprendente/s. Voce sabia que você pode amar ou odiar o
aprendente? Se apaixonar ou tentar se afastar dele? Ou se apaixonar por
um dos pais? Ou por ambos?
Não
vou fazer aqui longas explicações sobre os processos de transferência e
contratransferências negativas e positivas durante o atendimento. Sobre
este tema vou deixar um vídeo para que vocês possam refletir sobre este
assunto.
Entretanto
, as intervenções podem demorar tempo suficiente para gerar sofrimentos
psíquicos. Vir a desencadear patologias no terapeuta, tensões e
frustações. O aprendente por sua parte, estará propenso a expor seus mecanismos de defesas , resultando as rejeições, birras, negações, ofensas e até mesmo crises que resultem em quebra de objetos e até dano físico ao terapeuta ou do terapeuta para o aprendente.
Vou
deixar o vídeo abaixo que fala sobre os mecanismos de defesa dentro do
atendimento psicopedagógico. Tanto o terapeuta pode desenvolver os
mecanismos de defesa intrapsíquico quanto o aprendente. Resultado no
fracasso ou mesmo retrocesso das sessões.
O psicopedagogo precisa conter suas opiniões ou mesmo suas transferências positivas
ou negativas frente ao aprendente devem ser verificadas e contidas com
frequente ( daí a necessidade do terapeuta fazer análise e supervisão
com outros profissionais, porque é normal que o mecanismo de defesa da
resistência ou da racionalização faça com ele não perceba os próprios
erros deste relacionamento).
Não
cabe ao terapeuta gostar ou não gostar do aprendente, mas sim buscar de
todas as formas contribuir para que as queixas iniciais sejam
amenizadas ou até mesmo eliminadas.
Aqui,
ainda, podemos ressaltar que muitos profissionais passam a ter contato
íntimo com seus clientes criando vínculos errados entre terapeuta e
aprendente. Ou terapeuta e pais deste aprendente.
Intervenções Psicopedagógicas no espaço clínico do Instituto Sinapses. Aprendente com 5 anos. Dificuldades de Aprendizagem. |
Quando
falamos de terapia para jovens, adolescente e adultos o motivo de
preocupação é ainda maior porque mecanismos de transferências como a
sublimação e a projeção é um risco constante durante as sessões.
Precaução
é a palavra chave da relação terapeuta e sujeito. Outros aspectos ainda
podem der falados a este respeito, acredito que eu escreveria um livro
só falando sobre este assunto. Um exemplo é a roupa do terapeuta. A cor
do jaleco, a forma como as terapeutas mulheres mexem o cabelo, abotoam o
jaleco, a escolha da peça intima, a altura do salto, a cor do batom, a
pulseira tudo influencia nos aspectos do inconsciente do sujeito em
processo terapêutico e também causa impacto no inconsciente do próprio
terapeuta.
Uma
sessão terapêutica é uma caixinha de surpresa cheia de detalhes e que
podem ter outras caixinhas fechadas dentro e que cada sessão surgem
outras caixas a serem abertas.
Cada
detalhe da sua sessão é importante. O sucesso dos meus objetivos seja
ele fazer uma criança ler como faze-lo querer ir a escola, ou melhorar
seu relacionamento com os pais são resultado de um conjunto de ações
verbais e não verbais do terapeuta.
Eu
poderia ainda continuar falando sobre este assunto, acredito que venha
construir outra postagem para darmos mais dicas de como o terapeuta
possa estar atento e evitar simbioses negativas e contratransferências
patológicas.
Já
realizei supervisões com terapeutas em prantos de choros porque se
sentem fracassados por não resolverem os problemas de seus clientes,
outros se sentem estressados com uma continuidade de sessões que não
sabem mais o que fazer e já vi até aqueles que chegaram a brigar com a
família por causa do aprendente e presenciei um caso que o terapeuta
entrou na justiça para ganhar a guardar de uma criança que era seu
aprendente. Parece impossível, não provável, impensado, absurdo???? Nada
disso. Tudo é possível dentro do espaço terapêutico. Assim como o
quarto familiar é uma alcova de segredos o espaço terapêutico também é.
Cheio de labirintos. Cheio de encantos. Cheio de lamentos.
Deixo a vocês o convite para discutirmos na próxima sessão estratégias para as sessões de intervenções.
Até
a próxima. Caso desejar, deixe seu feedback nos comentários. E muito
importante saber sua opinião sobre a postagem para assim pudermos
desenvolver outras. Nosso objetivo é juntos compartilhamos nossas
experiências.
[1]
Jossandra Barbosa desenvolveu a teoria do DIPp – processo do
diagnostico psicopedagógico dividido em três tipos de diagnóstico.
Situacional, Transtorno de Aprendizagem e Modalidade de Aprendizagem.
Através de um diagnóstico mais rápido, foram desenvolvidos instrumentos e
técnica onde as sessões possam ser realizadas em 2 e no máximo seis
sessões. Sessões que se tornam fáceis de serem vendidas aos clientes e
aplicadas a qualquer tipo de ambiente de trabalho. O Dipp já é aplicado
desde 2016 na clinica de atendimento do instituto sinapses em Teresina, e
é ensinado em todas as turmas de pós-graduação do instituto sinapses.
Também é aplicado no estágio 1 das turmas do sinapses. O livro Dipp
poderá ser comprado em breve e todo e qualquer psicopedagogo poderá
utilizar este novo método psicopedagógico.
[2]
EOCA – Entrevista operativa centrada na aprendizagem. Teste
psicopedagógico desenvolvido por Jorge Visca através da sua teoria
Epistemologia Convergente.
[3] A teoria do Enquadramento é trabalhada no livro Epistemologia Convergente de Jorge Visca.
Obrigada por visitar o Blog de Materiais Psicopedagógicos de Jossandra Barbosa
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Intervenção Psicopedagógica Na prática
Já observaram que poucos livros tratam sobre a Intervenção Psicopedagógica?
Intervenções Psicopedagógicas na Clinica de Atendimento do Instituto Sinapses
|
Fazer uma
pesquisa sobre este tema vai te levar a uma meia dúzia de sites e livros.
Observo uma supervalorização do processo diagnóstico e a Pouca importância ao
processo de intervenção. Já observou que os vídeos, livros e os cursos
valorizam o diagnóstico?
Uma
Breve pesquisa no Google vai confirmar tal questionamento. Há uma número muito
grande de páginas voltadas para discutir o diagnóstico, diferente quando
pesquisamos sobre a intervenção psicopedagógica.
Até mesmo
nos cursos de psicopedagogia não são todos que oferecem como disciplinas
a intervenção psicopedagógica.
Intervenções Psicopedagógicas na Clinica de Atendimento do Instituto Sinapses |
Quando
comecei a atuar como psicopedagoga deparei-me com inúmeras dificuldades
de atuação durante as sessões de intervenções, muito mais do que as
sessões de Diagnóstico.
É durante
a intervenção psicopedagógica que ficam mais claros e evidente problemas como a
afetividade, relacionamento entre o cliente e o terapeuta, o cliente e a
família, a família e o sujeito em atendimento.
É
nesta fase que ocorrem conflitos de interesses, sejam dos Pais, da escola, do
terapeuta como também do próprio aprendente.
Sem falar
que é durante a intervenção que o psicopedagogo precisa ser mais criativo,
obter materiais e ser dinâmico em seu atendimento para que o cliente não perca
o interesse das sessões.
Nunca vi
postagem de psicopedagogos relatando dificuldades durante suas
intervenções, geralmente quando vemos fotos nas redes sociais de alguém
colocando sobre seu atendimento é sempre demonstrando facilidade e resultados
positivos, na prática não é sempre assim que acontece ( também sabemos que faz
parte do marketing mostrar somente bons resultados).
Muitos
psicopedagogos passam tempo suficiente com o aprendente e não conseguem
resultados, algumas famílias desistem do atendimento por não observarem
resultados atingidos com a terapia. Ainda há os profissionais que
estendem os atendimentos por questões financeiras mesmo já tendo os
resultados desejados.
Foi
observando esses fatores, e dentro da minha própria necessidade, que
decidi fazer uma série de postagens específicas sobre o processo de
intervenção. Desta forma dividi estas postagens da seguinte forma:
1 Primeiro
vamos falar sobre a relação cliente e psicopedagogo durante o processo
de intervenção. Relação esta, onde vai acontecer transferência e
contratransferências que podem tornar o atendimento inviável e até mesmo
prejudicar o sujeito
2 Depois
vamos falar de planejamento e estratégias de intervenção do psicopedagogo para
atingir os resultados esperados das sessões.
3 E por
fim, vamos analisar a Alta psicopedagógica ou seja o fim das intervenções,
analisando quando o psicopedagogo deve parar de fazer o atendimento, ou até
mesmo, quando as sessões não são mais significativas para o cliente? Qual a
hora do fim do atendimento?
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A atuação do Psicopedagogo nas diferentes Instituições
Jossandra C Barbosa
Fundadora e Presidente do
Sindicato dos Psicopedagogos do Brasil
Fundadora e diretora do
Instituto Sinapses
Fundadora do site www.grupopsicopedagogiando.com.br
Proprietária da www.lojavirtualdopsicopedagogo.com.br
Proprietária da www.lojavirtualdopsicopedagogo.com.br
Apresentação
Qual o trabalho
do psicopedagogo nas instituições? Já são centenas de artigos e livros escritos
a este respeito, mas nenhum discute tão especificamente como viemos tratar
neste artigo. Aqui será discutido o que é a Instituição no mercado de trabalho?
Qual o papel do psicopedagogo no espaço moderno de diferentes instituições?
Como realizar o trabalho psicopedagógico fora da dicotomia escola e
consultórios clínicos? Além de responder estas questões este texto traz
exemplos de atuações inusitadas como em funerárias, autoescolas, igrejas e
outros segmentos institucionais. Ainda será discutida aqui a prática do
diagnóstico e das intervenções em ambientes institucionalizados. Esperamos aqui
colaborar com a ampliação da atuação do profissional psicopedagogo no mercado
de trabalho. E fazer provocações que o leve a reflexão da construção de uma
psicopedagogia popular no Brasil.
Repensando Psicopedagogia
A psicopedagogia no Brasil está em processo de
construção do seu perfil profissional. Nos últimos anos estas mudanças foram
mais acentuadas e com mudanças tênues que mudaram o perfil do tradicional
psicopedagogo.
Foi na década de 90 que iniciaram os primeiros
cursos de psicopedagogia de forma separada. Onde cursos só clínicos e só
institucionais começaram a ser oferecidos. Então, ai inicia um doloroso
problema na psicopedagogia: definir o que são estas áreas. Algo
que não aconteceu de forma tão específica até hoje.
A discussão acerca de tal definição ( do que é
clínico e o que institucional ) é complexa e sem uma unidade. Ao longo dos 50 anos de cursos oferecidos de
pós-graduação em psicopedagogia a tornaram uma área esfacelada sem um
referencial correto, com cada faculdade oferecendo cursos diferentes com grades
diferentes e profissionais atuando de acordo com as necessidades locais e
muitas vezes perdidos sem orientação correta.
Na maioria dos livros, artigos e
escritos encontramos a referência ao trabalho do psicopedagogo clínico como
sendo dentro de uma clinica e o do psicopedagogo institucional como sendo
preferencialmente em instituição escolares. O livro “Psicopedagogia Institucional” da autora Olivia Porto é um destes
exemplos, onde ela trabalha como instituição somente a escola e apenas
situações escolares. Outras autoras também seguem a mesma linha, até porque era
assim que era entendido, psicopedagogia institucional era a atuação do
psicopedagogo dentro das escolas.
Mas isto não corresponde
mais a psicopedagogia da atualidade.
Voltando a falar da divisão dos
cursos em clínico e institucional. Estes ganharam carga horária diferente, sem
uma matriz específica cada faculdade oferece disciplinas que considera mais
importante. Os cursos institucionais ganharam carga horária menor e uma matriz
curricular com discussões restrita ao fracasso e sucesso escolar em sua grande
maioria ou me arrisco a afirmar que exclusivamente todos são sobre escolas.
Já os cursos de
psicopedagogia clínica são voltados para consultórios e normalmente oferecem
estágio, algo que não vemos no curso de psicopedagogia institucional. Aqui é o
ponto de maior discussão acerca das ineficácias da separação dos cursos de
psicopedagogia. Onde podemos resumir em três aspectos: matrizes diferentes,
estágios não obrigatórios e cargas horárias incompletas. Esta é uma discussão
que faço há muito tempo, mas não é o foco deste texto. Concluímos aqui nosso
posicionamento de total contrariedade de cursos separados, pois entendemos
psicopedagogia como uma única área onde não há subdivisões.
O trabalho do psicopedagogo é um só Investigar, tratar ou prevenir os
problemas referente as dificuldades e transtornos de aprendizagem e
em qualquer ambiente de trabalho.
Quando
falamos de ambiente institucional entendemos
como instituições:
# A clinica médica,
psicológica e as multidisciplinares;
# Os centros de referências;
# Os núcleos de atendimentos;
#As instituições escolares (berçários,
creches, educação básica, centro técnicos e universidades/faculdades);
#Empresas Públicas e Privadas;
#Funerárias (sim, isso mesmo)
#Auto Escolas
#Indústrias e Fábricas
#ONGS assistenciais
#Instituições assistências do
governo (Penitenciarias, casa de repouso, albergues, orfanatos, casa de
menores infratores e etc)
O trabalho do psicopedagogo dentro das diferentes
instituições.
O trabalho do psicopedagogo é
muito importante em todos os ambientes institucionais. O trabalho dentro
de uma clínica (que também é um tipo de instituição) requer os mesmos
conhecimentos que é um trabalho dentro de uma escola ou de um Núcleo de atenção
psicossocial.
Através de muitos relatos de
profissionais da psicopedagogia levam a crer que a teoria oferecida pelos
cursos da Chamada Psicopedagogia Institucional não são suficiente para a atuação no mercado de trabalho.
Muitos psicopedagogos que atuam
em centros psicossociais dos governos municipais e estaduais ficam perdidos ao
serem contratados, já que não tiveram em seus cursos a parte de diagnóstico e
intervenção psicopedagógica e ficaram apenas vendo
discussões teóricas acerca da aprendizagem escolar. E enfrentam
o dia-a-dia com inúmeros problemas de aprendentes que são encaminhados para
estes centros para reabilitação cognitiva e em busca de ajuda, já que são
encaminhados pelas escolas que não conseguem mais resultados positivos com o
aluno.
Outro exemplo são os
profissionais que atuam em presídios. Já houve psicopedagogos que tiveram
que buscar cursos de capacitação de forma extra fora dos seus domicílios, já
que seus cursos não trouxeram nada sobre o trabalho com adulto seja em situação
de risco ou não.
Em 2015 foi lançado o primeiro
Congresso de Psicopedagogia Popular, organizado pelo Sindicato Dos
Psicopedagogos do Brasil, trazendo como temática o trabalho
do psicopedagogo em diferentes instituições, até agora já foram
quatro congressos, todos ampliando as discussões sobre a formação e o trabalho
do psicopedagogo.
Neste congresso anualmente
diferentes profissionais trazem suas experiências para compartilhar com os
participantes e em 2016 tivemos uma versão on line deste evento.
A importância deste evento e a
grande contribuição dele para com a psicopedagogia é exatamente a discussão
sobre a abertura do mercado de trabalho para o psicopedagogo onde a velha
dicotomia clínica e escola não existem mais e novas experiências são ali
trocadas.
Como por exemplo o trabalho do
psicopedagogo junto a pessoas usuárias de drogas ou em tratamento de
doenças terminais, junto a moradores de rua, a empresas de energia, shoppings e
até mesmo em salão de beleza. Ficou surpreso? Pois bem, a intenção deste texto
é abrir as possibilidades da psicopedagogia.
Psicopedagogia é única, imensa, maravilhosa
e indiscutivelmente necessária à sociedade. Não importa o lugar, mas sim o que
o psicopedagogo pode fazer para aquelas pessoas naquela especifica situação e
determinadas necessidades.
Para esta nova Psicopedagogia, o
profissional precisa estar preparado não só para clínica ou escolas, mas sim
para atender qualquer público em qual espaço social.
Um exemplo da nova realidade do
mercado de trabalho do psicopedagogo são atuações destes profissionais junto a
autoescolas com trabalho de orientação aos novos condutores em relação à
atenção, concentração, memória e avaliação
de transtornos psicomotores ou de leitura.
Se você parar para pensar:
Quantas pessoas não passam no teste do DETRAN porque não sabem o que
é direita e esquerda? Não conseguem se concentrar? Memorizar as questões? Ler e
ter atenção às perguntas? Ou seja, nem todas as pessoas possuem somente
problemas com ansiedade ou nervosismo, muitas não conseguem
por déficit de aprendizagem e como o trabalho do psicopedagogo
pode fazer a diferença dentro da formação dos condutores brasileiros.
A implantação dos serviços de
atendimento psicopedagógico pelas funerárias junto
ao serviço psicológico já é realidade no Brasil. Sim, pode parecer
estranho, confuso, mas é extremamente necessário.
Quando pensamos em Funerária,
pensamos na morte. Mas esquecemos dos parentes vivos. Normalmente quando estou
em aulas faço um teste com os alunos perguntando quantos tem plano de saúde e
quantos tem planos funerários, sem sombra de dúvida que a maioria possui plano
de saúde o que nos leva a concluir que não estamos preparados para morte.
Talvez por seu algo doloroso, mas inevitável.
Desta forma se não me preparo
para a morte também não pensamos em quem deixamos vivo. Alguns até se preocupam
criam seguros de vidas, pensões privadas, testamentos e outros tipos de
cuidados que geralmente giram em torno de bens materiais.
Mas estamos falando de outras
necessidades que não são materiais e sim mentais.
No processo de luto os aspectos
emocionais passam a influenciar os demais aspectos neurológicos principalmente
as funções executivas superiores tão importantes para o processo
ensino-aprendizagem e assim em crianças e adolescentes as atividades escolares
são as primeiras prejudicadas.
É aqui onde entra o trabalho do
psicopedagogo. Junto aos familiares como filhos, netos, sobrinhos e demais
familiares que estejam em fase escolar.
Como terapeuta da aprendizagem, o
psicopedagogo vai até estas pessoas, até a escola, até sua residência e seu
trabalho diferente do psicólogo ou do assistente social é cuidar (prevenindo ou
tratando) dos obstáculos cognitivos que estejam afetando o aprendente naquele
processo de luto.
Auxiliar a escola, também é a função
do psicopedagogo. No luto, voltar à escola pode ser algo muito difícil. Nem
sempre escola, professores e alunos estão preparados para receber de volta este
aprendente. Ou até lidar com sua rejeição, mudanças comportamentais, notais
baixas, ausências, dificuldade de realizar atividades em grupo e tantas outras
perturbações que podem surgir após o processo de luto.
Desta forma tanto a Funerária
pode contratar diretamente o profissional psicopedagogo como ela pode
terceirizar contratando uma clínica que ofereça o serviço de acompanhamento
psicopedagógico e incluir este serviço nos demais que já oferece no plano
funerário.
Nos últimos seis anos, viajei
bastante, dando aulas, cursos, palestras e o que falar do contato via
aplicativo celular e redes sociais tudo isto nos trouxe contato com
psicopedagogos de várias cidades e a oportunidade de conhecer atuações
diferentes do que mostravam os livros de psicopedagogia como trabalhos em Casas
de Idosos, Penitenciárias, Igrejas Evangélicas, Orfanatos, atendimentos a
domicílios e até projetos em um salão de beleza.
As possibilidades de atuação na
psicopedagogia são fascinantes. PORQUE
NOSSO OBJETO DE ESTUDO É APRENDIZAGEM e em todos os
espaços sociais possuem trocas e necessidades diferentes de aprendizagem e são
nestas necessidades que o trabalho do psicopedagogo está presente seja para
prevenir ou tratar dos problemas que podem ser gerados neste processo como
facilitar para que ele seja pleno e de sucesso.
Contudo voltamos ao assunto da
formação deste profissional. Em os ambientes de trabalho o psicopedagogo precisa
conhecer os instrumentos de avaliação e técnicas de intervenção para serem
aplicadas com as pessoas envolvidas nestes ambientes.
Públicos diferentes que exigem
materiais e conhecimentos diferentes. Por exemplo, a atuação com idosos, onde o
trabalho do psicopedagogo é restabelecer o desejo de aprender estratégia que
pode ser aliada ao seu bem estar físico e emocional. Já com adultos e jovens
nas universidades o problema pode ser longas sequelas de um mau processo de
escolarização, ou transtornos de aprendizagem não tratados, déficit emocional e
problemas psiquiátricos. O atendimento a pessoas com deficiência exigem
conhecimento especifico sobre medicações, autismo, métodos sensoriais,
linguagem, comunicação e assim por diante.
O psicopedagogo é um profissional
que não pode parar de estudar. Seu compromisso social com público a que ele se
destina é grande. Capacitações extras deve ser rotina.
O Diagnostico Psicopedagógico
Dentro Das Instituições
Assim como não separo
psicopedagogia em clínica e nem institucional também não separo o diagnóstico.
Quem também já leu outros textos
de minha autoria sabe que defendo o uso do termo diagnóstico psicopedagógico (DIPp) e
não de avaliação psicopedagógica.
Isto devido à resistência dos
profissionais em aceitarem que o psicopedagogo use a palavra diagnóstico.
Diagnóstico para a psicopedagogia
não tem sentido de resultados como erroneamente as pessoas costumas dizer: o médico deu o diagnóstico de autismo.
Na verdade ao trocarmos o verbo DAR pelo FAZER a frase muda o significado, veja
na prática “o médico fez o diagnóstico do
autismo”. Esta simples troca do verbo usado nesta frase explica todo o
preconceito e mau uso da palavra diagnóstico no Brasil. Pois ela é usada como
resultado e não como processo de investigação.
Quando dizemos que o médico deu o
diagnóstico estamos falando das conclusões e quando dizemos o médico fez o
diagnóstico estamos nos referindo a todo o processo que ele executou:
observação, os testes, a anamnese e suas hipóteses.
Sendo assim quando falamos que o
psicopedagogo faz DIAGNOSTICO não estamos nos referindo a dar resultados de
síndromes ou doenças, por exemplo, mas sim que para compreender a queixa ele
executa – aplica instrumentos que o ajudarão a compreender as causas e soluções
para os problemas ali apresentados.
Desta forma compreendemos que
todo psicopedagogo FAZ diagnóstico independe de seu curso e de seu local de
trabalho.
A partir desta reflexão fica
claro que o ambiente determinará que tipo de diagnostico e instrumento o
psicopedagogo vai usar.
Vamos ser mais especifico. Os principais
instrumentos de trabalho do psicopedagogo são: EOCA, testes de leitura, memória, atenção, caixa lúdica, desenhos e brinquedos.
Os instrumentos não vão ser utilizados de forma separada
uns para clínico ou outros só para instituições. A mesmo EOCA que eu
utilizo no meu consultório será a que eu utilizo em uma escola, num a ONG ou até
mesmo no atendimento a domicílio.
Desta forma o instrumento a ser utilizado
deve ser de acordo com a necessidade especifica que o cliente – aprendente
esteja precisando.
Tradicionalmente conhecemos na
psicopedagogia um modelo de diagnóstico em longas sessões, algo que já vem
mudando e precisa mudar mais e mais. Assim como Alice Fernandez lutou para que
o processo de diagnóstico fosse mais eficaz na Argentina precisamos repensar
nos modelos tradicionais e há algum tempo temos trabalhado na divulgação de um diagnóstico
chamado DIPP onde as sessões são mais rápidas e diretas.
Dentro das instituições elas
precisam ser rápidas, eficazes e cheias de especificidades.
Aqui não traremos um roteiro do
que ser usado passo a passo porque defendemos que cabe a você psicopedagogo
definir que instrumentos vão usar.
Anamneses, um questionário,
brinquedos, testes seja o que for utilizado deve ser adaptado para a realidade
do local, para a pessoa ou grupo de pessoas em atendimento e para aquele
momento específico.
O psicopedagogo também pode criar
inovar, reinventar novos e antigos instrumentos este é o papel crucial da
psicopedagogia construir conhecimento.
As Intervenções Dentro Das Instituições
Intervir é o momento de buscar
soluções. É aqui onde o trabalho do psicopedagogo é de crucial importância e
sempre colocamos que é o mais difícil de ser feito.
Muitos profissionais ficam presos
ao processo de observação e diagnóstico e quando chega na fase de intervenção
não atingem resultados de sucesso.
Isto se dá porque não há uma
receita pronta para o processo de intervenção. Ele exige que o profissional
analise, planeje e execute um projeto.
As ações que serão desenvolvidas
dentro das instituições vão ser resultados do processo de diagnóstico ou
observação. A partir das necessidades apontadas é que a equipe psicopedagógica
deve traçar suas metas de intervenção.
Sobre as metas de intervenção
vamos deixar duas dicas:priorize as mais urgentes e estabeleça metas de curto
prazo e de longo prazo.
O planejamento de intervenção
deve ser focado nas necessidades do usuário da instituição. A pergunta
principal é O QUE POSSO FAZER AGORA POR ESTAS PESSOAS? O QUE REALMENTE ELAS
PRECISAM para ter um melhor desempenho de suas habilidades escolares,
funcionais ou mesmo laborais.
A partir das suas respostas ao
questionamento acima devem ser planejados as metas de curto e longo prazo. O
que faremos agora e o que faremos depois. Não adianta planejar muitas metas em
um curto prazo ou planejar uma única meta para um tempo muito amplo.
Intervir é planejar, executar,
avaliar os resultados e atingir objetivos.
As atividades a serem realizadas
podem ser oficinas psicopedagógicas, reuniões de formações com a equipe de
profissionais da instituição, criação de estratégias pedagógicas, sugestão de
material escolar, livros, eventos, palestras, seminários e uma infinidade de
ideias que podem surgir de sua criatividade. Sempre lembrando que será o
ambiente que vai lhe dar as dicas do que intervir e como intervir.
Vamos aproveitar a oportunidade e
falar sobre a intervenção unilateral
dentro da instituição. Quando a intervenção é focada em um indivíduo especifico
que tem uma necessidade especifica ou é este indivíduo que vai realizar outras
intervenções.
Como exemplos podemos citar um
professor especifico de uma escola, ou um aluno que esteja muito atrasado e
prejudicando o rendimento dos demais, um funcionário que não adaptou ao local
de trabalho, um idoso com dificuldade de memória e etc.
Tanto nas intervenções coletivas
e individuais será levada em conta a individualidade, necessidades,
habilidades, características do ambiente e recursos disponíveis para a
intervenção.
O tempo da intervenção também
sofre influencia do tipo de ambiente, do cliente que usa este ambiente, quanto
tempo ele frequenta, como ele frequenta, sua assiduidade, permanência e a
partir destes dados é que o psicopedagogo irá traçar em seu projeto de
intervenção quais atividades, instrumentos e quantas sessões serão realizados.
CONCLUSÕES
Sonhamos com o dia que acabarão
os cursos divididos. Onde os psicopedagogos não mais utilizarão termos como
clinico e institucionais. Com o dia em que ser psicopedagogo seja tão popular
quanto o dentista e o professor. Que a sociedade conheça e use os serviços
destes profissionais.
Não está muito longe, assim
esperamos. Sabemos que não será hoje ou amanhã. Mas sabemos que cada vez que
falamos ou que escrevemos sobre isto estará mais perto de acontecer e se esta
leitura influenciou de alguma forma para que vire realidade já estarei satisfeita.
Toda sociedade brasileira precisa
do trabalho do psicopedagogo. Todo psicopedagogo precisa trabalhar. Então, só
precisamos nos unir em uma única causa. PSICOPEDAGOGIA POPULAR.
Um abraço fraterno a todos os
nossos alunos, professores e amigos profissionais psicopedagogos.
Jossandra Barbosa.
Marcadores:
Atuação Profissional,
psicopedagogia,
Psicopedagogia Institucional,
Valorização Profissional
Local:
Teresina - PI, Brasil
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