O uso dos teatro testes projetivos na avaliação psicopedagógica
Todas
as civilizações usaram e usam o lúdico de alguma forma na aprendizagem de seus
conhecimentos.
Nas
paredes do sítio arqueológico da Serra da Capivara no interior do Piauí ( um
dos maiores e mais conservados do mundo) retrata a vida cotidiana daquele homem
primitivo de mais de 50.000 milhões de anos atrás. As figuras rupestres
demonstram que estes povos desenhavam para ali projetarem suas vidas, costumes
e conhecimentos para as novas gerações.
Provavelmente
não faziam isto conscientemente, mas faziam. Para os historiadores cada figura
rupestre tem um valor inconfundível e uma veneração quase religiosa por elas.
Pois revelam peculiaridades seculares de um povo.
Assim
como as figuras, desenhos foram usados por civilizações antigas ( tudo que se
conhece sobre os as civilizações mesoamericas estão em formas de desenhos sejam
esculpidos ou em três livros deixados por aquelas civilizações repletos de
imagens ilustrados sobre suas crenças e valores) os fantoches e todo tipo de
teatro costumes milenares sofreu modificações de acordo com cada cultura e
povo, assim como sofreu influencias e miscigenação entre elas, mas que
encontramos na histórias inúmeros vestígios de seu uso.
O
teatro de silhueta surgiu em 5000 a.c. na Índia ocidental mas foi na Grécia e
na Roma antiga que atingiu seu esplendor e uso.
Na
interpretação de peças os trovadores medievais falavam ou cantavam sobre seus
recalques pelas donzelas que jamais seriam tocadas por ele, como também os
renascentistas criticavam a igreja, o absolutismo na idade moderna. Shakespeare
retratou em suas peças todo o seu descontentamento com uma sociedade burguesa
inglesa corrupta vivida no amor impossível de dois jovens de famílias rivais ou
nas falas em forma de laberadas sociais de Timon de Atenas.
Charles Chaplin com a magia do cinema
protoganizou a interpretação da insatisfação
operaria de uma sociedade consumida pelo capitalismo desenfreado dos Ingleses e
depois dos norte americanos.
Um
dos mecanismos de defesa mais presente no teatro (seja ele qual for) é a identificação. Identificamos-nos com seus
personagens. Somos capazes de rir e chorar com eles, e até mesmo de nos sentir
confiantes e deprimidos ao mesmo tempo.
O poder do teatro vai além do lazer que ele proporciona, vai à alma
humana ( entendemos alma como aparelho psíquico e não sentido religioso) ,
resgata dela o que está perdido em seu lado mais obscuro do inconsciente
recalcado. Projeta para fora o inevitável, a dor, as lembranças, o medo, o amor
e a saudade.
Tais
atitudes de defesa do nosso psíquico são comuns em criança e adultos que se
identificam de forma especifica e diferenciada. Pára as crianças cada personagem e com as ações representadas
por elas podem surgir como diz Anderson “
identificação que conduz a projeção, no sentido que a criança projeta seus próprios
sentimentos , desejos e antecipações no show de fantoches” Anderson p. 590.
Os
fantoches são divididos em três categorias as silhuetas, as marionetes e os
fantoches de luvas.
As
silhuetas tem origem
oriental, são mais conhecidos no ocidente como teatro de sombras.
As
marionetes são bem conhecidos,
exige um palco, um encenador, um roteiro e seus personagem pode representar
varias cenas. Os fantoches de
Qualquer
um destes tipos de teatro pode ser usado nos espaços psicopedagógico.
Importante que o psicopedagogo planeje esta ação antes de executá-la.
Veja
o Anderson nos fala sobre o uso do fantoche nas psicoterapias: “A natureza do faz de conta permite a criança
ultrapassar os limites biológicos” (Anderson, p. 598) e mais a frente ele coloca “uma boa peça de fantoche ou conto de fadas
deve misturar realidade e fantasia tornando assim a compreensão da criança mais
fácil” (Anderson p.2598)
Contudo
seu uso em terapia deve-se levar em conta alguns cuidados como diz Anderson “ deve ter em conta que a peça traz ao inconsciente
hostilidades latentes e fantasmas reprimidos por isso devem ser planejadas com
cuidados e por um profissional com experiência nos problemas infantis.”
(Anderson p.611)
Desta
forma o psicopedagogo pode usar este recurso de duas formas:
1-
Livre – o
psicopedagogo deixa que o sujeito livremente use os fantoches e dê vida de
forma espontânea a suas estórias.
2-
Direcionada – o
psicopedagogo cria uma estória onde o sujeito possa se identificar com seus
personagens. Ou ele começa a estória e pede ajuda para que o sujeito continue.
Nas duas formas descritas acima é importante que o
psicopedagogo observe o aprendente, suas reações e emoções envolvidas, tenha
cuidado para não projetar suas próprias emoções e não cair nas armadilhas das
contratransferências.
Quanto
as estórias criadas pelo psicopedagogo, As peças desenvolvidas devem ter enredo
que as crianças entendam, cenários coerente, equilíbrios entre palavras e ações,
linguagem comum, diálogos breves e que
não sejam longas e cansativas.
ESTE MATERIAL FAZ PARTE DA APOSTILA COMPLETA SOBRE OS TESTES PROJETIVOS PARA ADQUIR ESTA APOSTILA NA IMAGEM ABAIXO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário