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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O uso dos fantoches como testes projetivos na avaliação psicopedagógica


O uso dos teatro testes projetivos na avaliação psicopedagógica

Todas as civilizações usaram e usam o lúdico de alguma forma na aprendizagem de seus conhecimentos.
Nas paredes do sítio arqueológico da Serra da Capivara no interior do Piauí ( um dos maiores e mais conservados do mundo) retrata a vida cotidiana daquele homem primitivo de mais de 50.000 milhões de anos atrás. As figuras rupestres demonstram que estes povos desenhavam para ali projetarem suas vidas, costumes e conhecimentos para as novas gerações.
Provavelmente não faziam isto conscientemente, mas faziam. Para os historiadores cada figura rupestre tem um valor inconfundível e uma veneração quase religiosa por elas. Pois revelam peculiaridades seculares de um povo.
Assim como as figuras, desenhos foram usados por civilizações antigas ( tudo que se conhece sobre os as civilizações mesoamericas estão em formas de desenhos sejam esculpidos ou em três livros deixados por aquelas civilizações repletos de imagens ilustrados sobre suas crenças e valores) os fantoches e todo tipo de teatro costumes milenares sofreu modificações de acordo com cada cultura e povo, assim como sofreu influencias e miscigenação entre elas, mas que encontramos na histórias inúmeros vestígios de seu uso.
O teatro de silhueta surgiu em 5000 a.c. na Índia ocidental mas foi na Grécia e na Roma antiga que atingiu seu esplendor e uso.
Na interpretação de peças os trovadores medievais falavam ou cantavam sobre seus recalques pelas donzelas que jamais seriam tocadas por ele, como também os renascentistas criticavam a igreja, o absolutismo na idade moderna. Shakespeare retratou em suas peças todo o seu descontentamento com uma sociedade burguesa inglesa corrupta vivida no amor impossível de dois jovens de famílias rivais ou nas falas em forma de laberadas sociais de Timon de Atenas.
Charles Chaplin com a magia do cinema protoganizou  a interpretação da insatisfação operaria de uma sociedade consumida pelo capitalismo desenfreado dos Ingleses e depois dos norte americanos.
Um dos mecanismos de defesa mais presente no teatro (seja ele qual for) é a  identificação. Identificamos-nos com seus personagens. Somos capazes de rir e chorar com eles, e até mesmo de nos sentir confiantes e deprimidos ao mesmo tempo.  O poder do teatro vai além do lazer que ele proporciona, vai à alma humana ( entendemos alma como aparelho psíquico e não sentido religioso) , resgata dela o que está perdido em seu lado mais obscuro do inconsciente recalcado. Projeta para fora o inevitável, a dor, as lembranças, o medo, o amor e a saudade.
Tais atitudes de defesa do nosso psíquico são comuns em criança e adultos que se identificam de forma especifica e diferenciada. Pára as crianças  cada personagem e com as ações representadas por elas podem surgir como diz Anderson “ identificação que conduz a projeção, no sentido que a criança projeta seus próprios sentimentos , desejos e antecipações no show de fantoches”  Anderson p. 590.
O teatro pode ser realizado de muitas formas vamos aqui apresentar somente o tetro de fantoches e o e o uso de brinquedos em forma de miniatura como técnica projetiva.
Os fantoches são divididos em três categorias as silhuetas, as marionetes e os fantoches de luvas.
As silhuetas tem origem oriental, são mais conhecidos no ocidente como teatro de sombras.
As marionetes são bem conhecidos, exige um palco, um encenador, um roteiro e seus personagem pode representar varias cenas. Os fantoches de
Luvas são de manejo e fabricação mais fácil onde a criança pode participar.
Qualquer um destes tipos de teatro pode ser usado nos espaços psicopedagógico. Importante que o psicopedagogo planeje esta ação antes de executá-la.
Veja o Anderson nos fala sobre o uso do fantoche nas psicoterapias: “A natureza do faz de conta permite a criança ultrapassar os limites biológicos” (Anderson, p. 598)  e mais a frente ele coloca “uma boa peça de fantoche ou conto de fadas deve misturar realidade e fantasia tornando assim a compreensão da criança mais fácil” (Anderson p.2598)
Contudo seu uso em terapia deve-se levar em conta alguns cuidados como diz Anderson “ deve ter em conta que a peça traz ao inconsciente hostilidades latentes e fantasmas reprimidos por isso devem ser planejadas com cuidados e por um profissional com experiência nos problemas infantis.” (Anderson p.611)
Desta forma o psicopedagogo pode usar este recurso de duas formas:
1-      Livre – o psicopedagogo deixa que o sujeito livremente use os fantoches e dê vida de forma espontânea a suas estórias.
2-      Direcionada – o psicopedagogo cria uma estória onde o sujeito possa se identificar com seus personagens. Ou ele começa a estória e pede ajuda para que o sujeito continue.

Nas duas formas descritas acima é importante que o psicopedagogo observe o aprendente, suas reações e emoções envolvidas, tenha cuidado para não projetar suas próprias emoções e não cair nas armadilhas das contratransferências.
Quanto as estórias criadas pelo psicopedagogo, As peças desenvolvidas devem ter enredo que as crianças entendam, cenários coerente, equilíbrios entre palavras e ações,  linguagem comum, diálogos breves e que não sejam longas e cansativas.

ESTE MATERIAL FAZ PARTE DA APOSTILA COMPLETA SOBRE OS TESTES PROJETIVOS PARA ADQUIR ESTA APOSTILA NA IMAGEM ABAIXO.


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